RONCO E APNÉIA

Ronco e a Síndrome da Apneia do sono têm sido muito discutidos no Brasil e no mundo na atualidade. Este problema, além dos transtornos sociais e psicológicos, trás consequências físicas para o paciente (hipertensão, arritmias cardíacas e AVC).
A Apneia do sono é a obstrução das vias aéreas por alguns momentos durante a noite, pela flacidez dos tecidos da garganta, impedindo a respiração por alguns segundos, varias vezes por noite, e o ronco é a vibração dos tecidos da garganta quando o ar passa.
Os principais sintomas da apneia do sono são o ronco e a sonolência diurna excessiva. O ronco é também um fator de desagregação familiar, muitas vezes levando a pessoa que ronca a dormir em quarto separado, bem como torna a pessoa que ronca motivo de piadas entre companheiros de trabalho, de pescarias ou acampamentos, ou quando tem que dividir quarto de hotel, etc..

É necessário se preocupar com a apneia do sono?

Apesar de o ronco ser o problema mais incômodo, a apneia do sono é o problema mais importante e precisamos nos preocupar com ela, pois ela afeta vários órgãos do nosso corpo, principalmente o coração, onde aumenta em até 30% a possibilidade de desenvolver arritmias, hipertensão, infarto e derrame cerebral.

Pode-se morrer sufocado numa crise de apneia do sono?

Não, pois o cérebro controla o nível de oxigênio e gás carbônico no sangue e quando eles se alteram a pessoa acorda e volta a respirar. A apneia não mata, mas aumenta muito a chance de desenvolver doenças que matam como o infarto do coração e os derrames cerebrais.

É preciso fazer a polissonografia?

A polissonografia é o exame que é feito na clínica de sono, onde o paciente dorme uma noite e é monitorado em vários aspectos do seu sono, contrações musculares, problemas respiratórios e cardíacos entre outros, é necessário para se detectar a apneia do sono. É através da polissonografia que se pode medir se o paciente tem uma apneia leve, moderada ou grave, também podemos verificar se existem outros distúrbios do sono que tem sintomas parecidos com a apneia.
Com o resultado da polissonografia em mãos o médico analisará e indicará a melhor opção entre tantos tratamentos existentes:

Aparelhos de Pressão Positiva

Hoje um dos métodos mais indicados pelos especialistas é o Cpap que é um aparelho que tem a função de enviar uma pressão positiva de ar contínua que passa através das vias áreas superiores, fazendo com que a garganta fique sempre aberta durante o sono. Isso fará com que diminua os episódios de apneia do paciente, proporcionando uma melhor qualidade de sono e consequentemente uma melhor qualidade de vida.
Quando o paciente não tolera o uso de uma pressão positiva continua e também quando apresenta a necessidade de usar uma pressão muito alta, é recomendada a indicação do aparelho Bipap, que é um aparelho com ajustes de dois níveis de pressão positiva, uma na fase inspiratória e outra na fase expiratória.
Os denominados Cpap / Bipap são utilizados juntamente com uma máscara que se adapta ao nariz e em alguns casos ao nariz e boca. O aparelho deve ser usado sempre que o paciente for dormir.

Aparelho de Avanço Mandibular

Funciona elevando a mandíbula e retendo a língua, durante o sono, evitando que a mesma “caia” e obstrua a garganta.

Este aparelho pode ser usado por qualquer pessoa?

Não, existem algumas limitações:
a) Impossibilidade de reter o aparelho na boca. Pacientes que têm poucos dentes ou usam próteses extensas, principalmente dentaduras ou próteses removíveis, podem ter dificuldade em reter o aparelho na boca, devendo o caso ser bem avaliado antes de se indicar o aparelho. Pessoas com problemas periodontais severos, em que os dentes apresentam mobilidade acentuada, e pessoas portadoras de prótese total INFERIOR não têm condições de usar o aparelho, pois nesses casos é impossível reter o aparelho na boca.
b) Casos em que a perspectiva de bons resultados é pequena. Pacientes muito obesos ou com índice de apneia muito acentuado (acima de 40 apneias por hora) precisam ser bem avaliados, pois a perspectiva de resultados é mais pobre, devendo-se optar por outro tipo de tratamento, ficando o aparelho como uma segunda opção ou para ser usado em conjunto com outros tratamentos.
c) Nos casos em que o paciente tem problemas na Articulação Têmporo Mandibular (ATM) como dor, estalos ou desvios, pois o aparelho pode agravar estes problemas.

Como proceder para fazer o aparelho?

É preciso fazer uma avaliação com o dentista para avaliar as condições dentárias para a colocação do aparelho, verificando possíveis problemas que necessitam ser tratados antes da colocação.

Como ele funciona?

O aparelho funciona avançando a mandíbula e mantendo-a firmemente nessa posição. O avanço da mandíbula faz com que os tecidos da garganta se “estiquem” aumentando a abertura para a passagem do ar, também o avanço mandibular estimula um reflexo que faz a musculatura da faringe e arredores ficar mais tensa, mais firme, evitando o ronco. Mantendo a mandíbula presa ao aparelho, ele não permite que ela “caia” durante o sono, abrindo a boca, pois esse movimento de abertura geralmente é seguido de um reflexo que faz a língua ir para traz obstruindo a passagem do ar.

O uso do aparelho “cura” o ronco e a apneia?

Não, o aparelho não produz nenhuma mudança física no paciente, resolvendo o problema apenas enquanto estiver sendo usado, é mais ou menos como os óculos, que corrigem a visão mas não modificam o olho.

Cirurgia

A cirurgia está indicada quando são diagnosticadas obstruções das vias aéreas superiores, obstruções faríngeas e/ou laríngeas. Éum procedimento bem invasivo e em alguns casos com pós operatório bem traumático.

Terapia Comportamental

A terapia é importante, tanto na prevenção, como junto a qualquer um dos tratamentos citados.
Consiste na mudança dos hábitos de vida, o que pode reduzir a gravidade da doença, porém um aspecto importante é que essas mudanças não levam à cura, e frequentemente outros tratamentos são necessários.

As principais mudanças de hábito são:

• Perda de peso
• Evitar consumo de álcool pelo menos quatro horas antes de dormir
• Dormir de lado, evitar dormir de barriga para cima
• Evitar refeições pesadas antes de dormir
• Evitar fumar pelo menos quatro horas antes de dormir
• Procurar manter horários regulares de dormir e acordar

Orienta
• Alimentação
Primeiro e segundo dia: dieta líquida- pastosa fria: água, Gatorade, agua de coco, sorvete, gelatina, sucos não ácidos, pudim, iogurte, leite, frutas trituradas no liquidificador, batido de leite com frutas.
Terceiro ao quinto dia: dieta morna e pastosa : sopas, purê de batata
Sexto e sétimo dia : arroz, feijão, carne moída, frango desfiado.
Não pode: Líquidos ácidos como laranja, limão, abacaxi ; Bebidas gaseificadas, refrigerantes, alimentos quentes, duros e os que possam “arranhar” a garganta (exemplo: torradas, batata frita, pizza)
• Pode ocorrer após a cirurgia dor de garganta e de ouvido, naúseas, vômitos, dificuldade de se alimentar e falar, febre 38°C, cheiro ruim na boca, perda de apetite/não querer comer.
• Nos primeiros 2 dias é comum a saída de secreção misturada com sangue pelo nariz e boca
• Falar apenas o necessário e não forçar a garganta (escarrar).
• Podem-se ver placas brancas no local onde estavam as amígdalas, são normais e desaparecem nos primeiros 20 a 30 dias.
• Tomar banho, barbear-se e escovar os dentes normalmente.
• É proibido na primeira semana realizar esforço físico como correr, pular, andar de bicicleta. Evitar ficar em ambientes quentes e se expor ao sol.
• Nos primeiros 2 dias deve-se dormir com a cabeceira elevada (dormir com 2 travesseiros)
• Não fazer gargarejo com nenhum produto ou receitas caseiras
• No caso de sangramento intenso, entrar em contato com a clinica e/ou hospital
• Tomar as medicações conforme prescrição medica. Não tomar nenhuma medicação que não esteja prescrita no receituário.
• Ligar e agendar o retorno em 7 dias.

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